Hoje aqui sozinho em frente a esta maquina onde te tenho e te sinto... a lua vai alta, é noite de lua cheia com o céu nu de nuvens e onde a beleza do luar se propaga... aí estará a acabar o sol, talvez se tenha já escondido no ocaso ou ainda espalhe seus raios pelo firmamento que te envolve e rodeia... quando a noite chegar, vais andar nas tuas voltas habituais, nos teus afazeres do dia a dia caseiro depois de mais uma jornada de trabalho.
quando entrares no quarto e olhares o céu e o luar, deixa a janela encostada, não a feches irei visitar-te, assim ao chegar aí a janela entreaberta é a nossa senha... não te preocupes com as horas da minha chegada que isto dos fusos e das distâncias nem sempre é fácil de gerir...
chegado aí, pé ante pé ficarei zelando pelo teu sono o teu corpo nos lençóis, tudo num branco de luz que me guia entre as coisas que tens no quarto
aconchego o lençol caído de uma lado da cama... quase acordas mas viras-te e ficas donzela liberta qual deusa ouço o teu respirar no silencio da noite, tua respiração ora calma ora mais apressada e até mesmo ofegante, pergunto ao silêncio o que foi que ele ouviu na tua respiração, mas ele encolhe os ombros e sai janela fora.
ficamos os dois, tu deitada e eu sentado à tua beira zelando pelo teu sono... lá fora o luar acompanha a dança das estrelas... e no horizonte os raios de um novo dia se anunciam... tenho que voltar, antes que seja tarde e tenha de enfrentar o calor dos trópicos... ao acordares vais sentir teus lábios diferentes, estranhas... depois percebes o sabor do mar da maresia, olhas a janela e sorris e cantando começas um novo dia.... teus olhos brilham....
Por: Carlos
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